Em homenagem aos 40 anos da Cinemateca de Curitiba (completados em abril de 2015), nesta sexta-feira (20), às 19h, serão lançados dois filmes produzidos por 33 alunos do Curso Prático de Cinema Digital promovido pela Fundação Cultural de Curitiba. A programação é gratuita e reserva a exibição de um documentário e um curta-metragem de ficção.
O documentário “Cinemateca 40 anos” mostra a história do espaço na forma de um mosaico de planos poéticos e visuais. Já o curta-metragem de ficção “Você foi Avisado” é uma adaptação livre do conto escrito por Marcelo Amado, extraído da coletânea “Uma noite na Cinemateca – Mondo Estronho”. “Os filmes estão belíssimos, não dá para dizer que foram realizados em apenas dois dias de produção”, afirma o cineasta e coordenador das atividades, Geraldo Pioli.
Para os alunos do Curso Prático de Cinema Digital, trabalhar com o tema do aniversário foi muito valioso, pois além de um espaço de difusão do conhecimento sobre o audiovisual paranaense, a Cinemateca de Curitiba é um ponto de encontro entre produtores e pessoas que também têm interesse na área. Segundo o estudante de história Lucas Ferreira, o curso foi uma oportunidade para conhecer mais sobre a história da Cinemateca. “Foi especial a experiência de participar da produção do documentário e do curta de ficção”, afirma.
Sobre o curso
A Cinemateca realiza cursos gratuitos de cinema desde a sua inauguração e já produziu 28 filmes. A ideia do Curso de Cinema Digital é dar um suporte teórico e a possibilidade de ver na prática como se desenvolve um roteiro e se produz um filme. Ministrado pelos cineastas Geraldo Pioli, Nivaldo Lopes e Marcos Saboia, o curso é dividido em duas etapas. Na primeira são trabalhados temas relativos à linguagem, fotografia, produção, edição e roteiro. Na sequência é desenvolvida a parte prática, quando os alunos desenvolvem o que aprenderam.
Segundo Geraldo Pioli, o mais interessante do curso é que ele possibilita a formação de grupos interessados em fazer cinema. “Muitos alunos que passaram por aqui hoje são profissionais atuantes da área”, lembra. Para ele, é muito importante que isso aconteça, já que a ideia é dar um caminho para quem deseja fazer cinema.
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A professora Vanessa Brito se interessou em fazer o curso por conta da oficina de fotografia e cinema que coordena na sua escola, o CMEI Érico Veríssimo. “Sempre tive curiosidade nessa área, apesar de não ter conhecimento aprofundado. O curso me chamou a atenção não só pelo reconhecimento que tem no cenário cultural da cidade, mas por saber que agregaria conhecimento para que eu pudesse transmitir às crianças um pouco mais sobre filmagem, edição e produção de roteiro”, conta.
Lucas Ferreira diz que sua paixão por cinema é tão grande que já não conseguia ficar na frente das telas, queria participar ativamente. “Esse curso foi uma experiência muito intensa e boa, porque eu tive a oportunidade de encontrar pessoas que partilhavam da minha paixão e da mesma vontade de produzir”, declara.
A estudante de design gráfico Adhara Garcia tem interesse por imagem e fotografia e este ano começou a trabalhar com vídeo. “Quando apareceu o curso da Cinemateca vi uma oportunidade de me aprimorar. Achava que cinema era algo muito difícil, quase impossível de trabalhar, e o curso me mostrou que apesar de ser uma área complexa, é algo possível”, pondera.
Ela conta que o que mais gostou no curso foi a turma. “Cada pessoa é completamente diferente da outra, algumas já trabalharam com algo na área, outras não, tem várias professoras no grupo, e sempre alguém tem algo a contribuir nesse contexto. Isso é muito rico”, conclui.
